Alexandre Vannucchi Leme era estudante de Geologia da Universidade de São Paulo (USP), primeiro colocado no vestibular, e militante da Ação Libertadora Nacional (ALN), quando foi assassinado. Conhecido pelos amigos pelo apelido de “Minhoca”, o jovem estava tentando reorganizar o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da USP, o que era ilegal na época. Tinha apenas 22 anos quando foi preso pelo DOI-Codi, em São Paulo, em 1973.

No dia seguinte à prisão, após ter sido submetido a sessões de tortura, foi encontrado morto numa das celas desse órgão da repressão. O Estado brasileiro divulgou duas versões para a morte de Vannucchi: que ele teria sido atropelado por um caminhão, e que teria se jogado na frente do veículo, numa atitude suicida. Em seu atestado de óbito, consta que ele morreu em decorrência de “lesão traumática crânio-encefálica”, decorrente do suposto atropelamento.

Dois dias depois que sua morte se tornou pública, seus pais souberam que o filho tinha sido sepultado como indigente no Cemitério de Perus, em São Paulo, numa cova comum. O corpo do jovem tinha sido coberto de cal para esconder as marcas das torturas que ele havia sofrido.

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