Encarcerados e sob o risco de novas retaliações, 35 presos políticos do presídio do Barro Branco, em São Paulo, construíram coletivamente em 1975 a primeira denúncia pública que apontou o nome de 233 torturadores. O documento apelidado de “Bagulhão” também ficou conhecido como “Carta à OAB”, que fora enviada ao então presidente do Conselho Federal da OAB, Dr. Caio Mario da Silva Pereira, com o objetivo de cobrar providências naquele momento em que todos os direitos dos perseguidos foram violados. Os presos políticos descreveram com detalhes minuciosos as torturas que viveram, as mortes e os desaparecimentos de companheiros de celas que eles testemunharam.

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O documento foi tema de audiência pública na Comissão da Verdade do Estado de São Paulo “Rubens Paiva”, na segunda-feira 16, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), à qual compareceram ex-militantes e familiares de presos políticos. Saiba mais na matéria de Thaís Barreto publicada pela Carta Capital.