O portal Nexo Jornal divulgou a tese de Ana Caroline Silva de Castro: “Apreensão de livros tidos como subversivos: o que os processos judiciais da Ditadura Militar revelam”. Defendida em 2017 na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, a pesquisa analisa os dados sobre a repressão a obras consideradas subversivas entre 1964 e 1979.

Entre as conclusões, a autora explica que a iniciativa para a tese partiu de uma experiência pessoal: “Meu avô era comunista do PCdoB e desapareceu durante alguns dias na ditadura. Quando voltou pra casa, escondeu quase todos os livros no forro do telhado ou no assoalho. Ele sabia que ter livros subversivos era perigoso demais”.

Pela primeira vez foram catalogados todos os livros apreendidos pela polícia política. A fonte usada inclui a totalidade dos processos do Superior Tribunal Militar de 1964 a 1979, com uma abrangência nacional. Os livros listados, um total de 1.397, são os que foram descritos e compreendidos nos 323 autos de busca e apreensão em que há livros entre os objetos recolhidos.

A partir desse levantamento foi feita uma lista inédita com as 1.397 obras apreendidas, de 731 diferentes autores. Houve casos em que os livros apreendidos foram usados como prova para condenação.

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